10 de jan. de 2008

Campo Grande - A Chegada.

09 - 01 - 08 - O pessoal do Mercure Hotel de Foz do Iguaçú onde dormimos ficou de nos acordar de manhã mas não o fizeram. Por isso já saímos de Foz às 7:30 hs da manhã. O Paraná realmente é um estado fantástico. Estradas boas, terras maravilhosas, paisagens fantásticas e agricultura para não botar defeito. No trecho percorrido, que foi o de Foz do Iguaçú, Cascavel, Toledo, Marechal Rondon e Guaíra, além das cidades menores nesse percurso, vimos plantações de soja à perder de vista, milho, girassol e tabaco. O movimento nas estradas é muito intenso. São caminhões e mais caminhões, além é claro dos veículos. Muito me impressionou o tamanho e o desenvolvimento da cidade de Cascavel, por onde não passava há mais de 20 anos. É uma cidade grande, pujante, com uma quantidade enorme de indústrias e com muitas obras de infraestrutura, como a duplicação da rodovia do macroanel que está sendo realizada e é uma senhora obra. No plano original pretendíamos dormir em Guaíra e no outro dia chegar à Campo Grande. Após o percurso dos 250 Km resolvemos andar mais um pouco e entramos em Mato Grosso do Sul. Passamos por Mundo Novo, Japorã, Eldorado, Naviraí, Caarapó, Dourados e em Rio Brilhante dei uma parada para descansar. Já havíamos percorrido 600 Km. Como ainda era cedo, resolvemos tocar até o fim e chegamos em Campo Grande às 17:45 hs. Foram 754 Km percorridos hoje em 10:15 hs. Uma enormidade para nossos propósitos ao iniciarmos a viagem pois não pretendíamos andar mais do que 400 - 500 Km por dia mas, enfim, chegamos. Antes de chegar em casa já passei na casa do Carlos Wilson e da Maria Helena para ver minha filha Roberta e meu genro Alcídio que moram em Cuiabá e lá estão hospedados. Ao chegarmos em casa a Ângela já tomou banho rapidamente para ir ver seus netos Pedro Paulo e Guilherme, este de apenas dois meses. Foi tudo muito bom. Foram 9.016 (nove mil e dezesseis) quilômetros percorridos em 26 dias, por quatro países. Foram passagens por pântanos, desertos e áreas de agricultura. Uma experiência marcante e inesquecível. Inenarrável. Fim de viagem, gostaríamos de agradecer à todos os nossos amigos, filhos, netos e familiares que acompanharam essa nossa aventura, através deste blog ou através de suas orações, sem os quais com certeza a viagem não teria sido o sucesso que foi. O acaompanhamento foi muito de perto, a tal ponto de que quando estava postando este comentário, o Joaquim Barbosa já me viu plugado, chamou pelo Skype e batemos um papão. Foi quando me disse que tinha acabado de postar um comentário no blog, na data anterior. Após acabar este, fui olhar o comentário do Joaquim e resolví voltar aqui para agradecê-lo e dizer que a única coisa que fiz foi realizar um sonho e tenho uma companheira, a Ângela, que decidiu me acompanhar em todos os momentos, como sempre o tem feito. Obrigado à todos, de coração e até a próxima pois agora a Ângela também gostou e nas próximas férias pretendemos ir à outros lugares.
- As Fotos Publicadas são : - A chegada defronte a casa dos Pimentel. - Os cumprimentos de dona Maria Helena e do genro Alcídio. - Com a filhota Roberta. - O genro Alcídio vistoriando a moto. - Indo para casa para o encerramento final.

8 de jan. de 2008

Foz do Iguaçú - A Permanência

08 - 01 - 08 - Hoje acordamos cedo e fomos direto conhecer as cataratas. Que coisa maravilhosa. Só achamos um pouco cansativos os sobe e desce das trilhas mas valeu a pena. Estamos muito contentes de já estarmos em solo brasileiro apesar da Ângela já ter começado até a receber telefonema de peão de fazenda. A Ângela já conhecia mas não vinha há muitos anos e disse que a quantidade de águas diminuiu muito mas que mesmo assim continuam lindas. Gostaria de agradecer as mensagens de meus filhos Renato e Roberta, de minha mãe Dionísia e de meu amigo Toninho Morais, que estava sumido e eu já estava sentindo a falta de seus comentários no blog. Obrigado Toninho, sabia que não me abandonaria na estrada sozinho. Quanto à solicitação da Roberta de ligarmos antes, eu o farei sem a menor dúvida mas não tenho certeza se será amanhã pois agora á tarde é que fomos olhar no nosso roteiro de viagem e ainda tinha um dia dormindo em Guaíra para depois irmos até Campo Grande pois direto serão praticanmente 750 Km. Estamos pensando então em sair daqui e dormir em Dourados e ir para Campo Grande no dia seguinte pois não estamos querendo dar puxadas muito grandes no mesmo dia. Mas de qualquer maneira ligarei amanhã do meio do caminho dando notícias de onde estamos e como faremos. Quando voltamos das cataratas tentamos ir até a barragem de Itaipú mas ao chegarmos na entrada da mesma eram 12:30 hs e os próximos horários de visitas seriam entre as 14:00 e as 15:30 hs. Voltamos então para o hotel, saímos para almoçar e voltamos para dar uma dormida mas só acordamos às 15:30 hs, ou seja, Itaipú já era. Um abração em meus companheiros virtuais de viagem e um beijão em nossos filhos e netos. Que DEUS os abençoe.
- A moto vista na estrada hoje foi: 1 big trail XT 660 da Yamaha
- As fotos publicadas são : As cataratas do Iguaçú 1, 2, 3 e 4

7 de jan. de 2008

Foz do Iguaçú

07 - 01 - 08 - Saímos de Resistência ás 6:40 hs e às 9:50 hgs já estávamos em Posadas, 315 Km depois. A cidade está localizada ao lado de uma represa enorme, do Rio Uruguay, que foi construída para a geração de energia elétrica. No caminho viemos conversando sobre isso e achamos melhor passarmos direto, mais 330 Km e já dormirmos em Foz do Iguaçú. Foi o que fizemos e aqui chegamos às 14:50 hs. Enfim, após 8:10 hs de viagem para um percurso total e real de 626 Km chegamos novamente no BRASIL. Falando da viajem de hoje, após Resistência, andamos 30 Km para voltarmos à Corrientes, do outro lado do rio Paraná e aí entramos novamente na Ruta 12. À partir de Corrientes foram 123 Km, até Valência, totalmente no meio do pântano, com centenas de lagos belíssimos formados às margens da rodovia, sem nenhum tipo de plantação existente nessa área que não fosse a nativa do pantanal argentino. E são planícies enormes, a perder de vistas, muito planas e alagadas, onde raramente se vê algum gado e quando se vê, estaõ pastando mas com água no mínimo até o joelho. Aproximadamente 30 Km antes de Ita Ibate, onde paramos para abastecer, começaram as lavouras de arroz irrigados com inundação controlada. Uma maravilha de tecnologia desenvolvida pelo ser humano. E para se ter uma idéia das quantidades de plantações de arroz nesse modelo, uma só lavoura, que estava do lado esquerdo da estrada tem 23 Km (vinte e três quilômetros) de extensão ininterrupta. Vimos muitas outras lavouras de arroz também do lado direito da estrada e todas enormes mas aquela foi a que mais impressionou. Após passarmos aproximadamente 90 Km de Ita Ibate, as terras começam a ser um pouco mais elevadas e começam então as plantações de Pinus que continuam dos dois lados da estrada, até aproximadamente 50 Km antes de Posadas e início do estado de Missões, um trecho de aproximadamente 160 Km de plantações de Pinus. Nesse trecho de plantação0 de Pinus vimus também algumas pequenas plantações de Araucárias, lindíssimas. Aí muda totalmente o tipo de terra, que melhora muito de qualidade e começam as áreas de pecuária. Entretanto, cerca de 100 Km antes de Puerto Iguazu, já no município de Libertad vimos uma empresa, a Alto Paraná S.A. só de plantações de Araucárias e já vizinha da reserva ecológica do governo argentino, que cerca as cataratas do lado daquele país. Enfim, uma viagem com paisagens espetaculares. Em Libertad, 40 Km antes de Foz paramos para abastecer e logo chegarqam 2 brasileiros vindos de São Paulo e iniciando a viagem para o Ushuaia, e estavam em 2 big trails V Strom da Suzuki, sendo uma gêmea da minha até na cor. Papeamos um pouco, tiramos fotos e cada um seguiu seu rumo. Pretendemos permanecer aqui em Foz do Iguaçú o dia de amanhã para conhecer as cataratas e o lago de Itaipú e no dia 09 de 01 de 08 iremos para Campo Grande. Um abração à todos os campanheiros virtuais dessa viagem e um beijao em nossos filhos e netos. Que DEUS os abençoe.
- As motos vistas na estrada hoje foram : 2 big trail V-Strom da Suzuki.
- As fotos publicadas sao : Os lagos formados à margem da rodovia. As planícies alagadas 1 e 2. A cidade de Posadas ao lado do lago do rio Uruguay. Os motociclistas paulistas. A plantação de araucárias. A reserva ecológica de Puerto Iguazu

6 de jan. de 2008

Resistência

06 - 01 - 08 - Hoje, como o trecho também era mais longo, saímos de Santa Fé às 6:00 hs da manhã e 583 Km depois, às 12 :30 hs chegamos à Corrientes, onde de acordo com nossa programação, iríamos dormir. A cidade foi fundada em 1588 por Juan Torres de Vera y Aragón num pedaço de terras que adentrava o leito do rio Paraná, onde se podia notar sete correntes de água. O nome de seu fundador e essa configuração natural determinaram sua denominação primitiva, San Juan de Vera de las Siete Corrientes. Por sugestão do Sérgio Lubitz, que conhecemos ontem em Santa Fé, andamos mais 30 Km até Resistência, para nos hospedarmos no Amerian Hotel Casino Gala, onde chegamos às 13:30 hs. Então, foram no total 613 Km percorridos hoje, mas a viagem rendeu mais pois praticamente não paramos. As paradas foram as estritamente necessárias para o abastecimento da moto e em Goya onde tomei um lanche rápido. Aí ocorreu um fato triste. Após sairmos do posto em Goya, na saída da cidade havia um posto policial argentino onde fui parado. O guarda não me pediu documento nenhum e ficou perguntando de onde eu vinha, para onde ia, se estava de férias, etc..... Como entendo que não era seu direito fazer esse tipo de pergunta já estava perdendo a paciência e quando ele perguntou quanto tempo gastei do Chile até alí, respondí que hoje já tinha viajado 5 horas. A Ângela ficou tensa mas acho que o guarda também entendeu minha saturação e, na maior cara de pau perguntou-me "E la platita?". Eu ainda quiz me fazer de bobo e disse que não entendí mas não teve jeito pois a Ângela logo falou em alto e em bom som que ele estava pedindo dinheiro. Êle ouviu e deu um enorme sorriso de concordância. Dei-lhe então $ 2 pesos, o equivalente à R$ 1,40 ( um real e quarenta centavos), e ele ficou todo satisfeito e me mandou passar. Narrei o ocorrido por entender ser esse um ato muito triste de corrupção clara, desnecessária pois eu estava totalmente dentro da lei e de um valor ridículo, o que me faz pensar quanto vale a moral de um ser humano como esse. Voltando à viagem, o nosso planejamento para a viagem de hoje também foi alterado pois pretendíamos sair de Santa Fé e subirmos margeando pela margem direita do Rio Paraná, até Resistência e aí cruzarmos a ponte e dormirmos em Corrientes. Após informações dos argentinos com quem conversamos, resolvemos fazer exatamente o oposto e de Santa Fé já cruzamos o rio por meio de um túnel que passa por baixo do mesmo e através deste atingimos a cidade de Paraná, partindo da qual subimos agora pela margem esquerda do rio Paraná. Foi muito legal pois logo de início já ficamos encantados com a capacidade humana de técnicas de construção, ao transpor um rio como aquele por baixo. Saindo de Paraná pela Ruta 12, percorremos um trecho de 120 Km de estrada muito ruim, muito esburacada e cheia daqueles facões e aprofundamentos no asfalto provocado pelo excesso de peso dos caminhões. É o trecho pior da estrada, localizado entre Paraná e La Paz /Piloto Ávila. Depois desse trecho a estrada estava boa, como aliás todas as estradas argentinas, que são muito melhores do que as brasileiras. Depois disso passamos por Guayquiraro, Esquina, Paraje San Isidoro, Goya, Lavale, Santa Lúcia, Tostas, San Lorenzo, Empedrado e chegamos à Corrientes. Após La Paz, por ser uma estrada que corre paralelamente ao rio, em distâncias que vão de 500 mts à 10 Km do rio, é uma região de pântanos, bastante alagada e de campos extremamente planos, assemelhando-se nessa planície à região de São Grabriel D'Oeste, no MS. Nos trechos em que a terra não era alagada, o que predominou foram as plantações de arroz, seguidas das de girassol e depois milho e soja. Nas proximidades de Goya o que predomina é a plantação de tabaco. Durante todo esse percurso vimos muito gado nas regioes de pântano e em quase sua totalidade era gado Braford esparramados naquelas imensidões de campos ou dentro de lagoas formadas pelo alagamento da região. Vimos também uma plantação de arroz com uma quantidade enorme de emas dentro da mesma, mas não era uma quantidade grande como as que às vezes vemos aí no MS. Era uma quantidade enorme mesmo. Ao chegarmos em Resistência, logo nos deparamos com uma praça muito bonita, na qual paramos para tirar fotos e tomarmos um sorvete pois o calor estava bem forte. Resistência é a Capital da Província do Chaco. Deve seu nome ao ocorrido com os indígenas que habitavam a região que, como amantes da liberdade não permitiam a infiltração nem dos espanhóis e nem das missões jesuítas que tentavam se aproximar da região. A conquista desse território só ocorreu na Guerra da Tríplice Aliança, quando o governo avançou sobre a região com tropas e armas de fogo. Resistência foi criada como Colônia em 1878 e teve como primeiros habitantes um contingente de imigrantes italianos chegados ao local em 02 de fevereiro do mesmo ano. Durante muito tempo os indígenas ainda continuaram lutando pelo que anteriormente haviam sido suas terras. Em decorrência da Resistência do pequeno número de homens que suportou a ameaça aborígena daquela época é que se deve o nome atual da cidade. Após nos instalarmos no hotel, tomamos um banho e fomos dar uma descansada. Eram aproximadamente 14:30 hs da tarde e só fui acordar às 20:00 hs, motivo pelo qual hoje demoramos mais para postar as notícias. E a Ângela diz que ficou assistindo na TV aquelas lutas de vale tudo ensaiadas durante todo esse tempo e de preguiça, não mudou o canal de tv. Acho que ela está meio atrapalhada na viagem pois volta e meia confunde as cidades onde está, por onde já passou e para onde vai. Toda hora estou tendo que dizer-lhe que ela "Parece que Não Sei" e ela rí muito e vai ver o mapa para saber onde está. Agradecemos os comentários postados por nossos filhos Edmar, Renato e Roberta e por nossos amigos Geraldo e Fernanda. Um abração a todos os nossos amigos, um beijão a todos os nossos filhos e netos e que DEUS os abençoe.
- A única moto encontrada na estrada hoje foi : 1 big trail Super Ténéré da Yamaha.
- As fotos publicadas são : os pântanos e campos da margem estrada 1, 2 e 3 com o gado Braford esparramado por êles. A bonita praça de Resistência. O prédio do Banco de la Nación Argentina defronte a praça principal da cidade.

5 de jan. de 2008

Santa Fé

05 - 01 - 08 - Hoje já saímos de Córdoba às 9:20 hs da manhã. Erramos a saída mesmo pedindo informações em um trevo sem sinalização e já em Rio Segundo, viramos por uma estrada secundária para Vila del Rosário e depois Rio Primero, para sairmos novamente na Ruta 19. Um erro de aproximadamebnte 80 Km. Na altura de Rincón, que está entre Vila del Rosário e Rio Primero, havia um acidente enorme, onde uma carreta praticamente passou por cima de um veículo pequeno bem de manhã e já eram umas dez e meia e a carreta ainda estava atravessada na pista impedindo o tráfego, com muita gente lá, fotógrafos, etc..... A polícia fazia então barreiras de mãos de trânsito, permitindo que o tráfego das mãos que seguiam em sentido contrário passasse, um de cada vez, por um desvio improvisado na hora, com aproximadamente 300 mts de comprimento, em uma baixada entre a rodovia e a cerca da propriedade rural que lá existia. Estava um caos pois com os carros passando por cima do pasto que lá havia, numa região pantanosa, virou uma trilha de barro amassado pelas rodas dos carros. Não deu outra, ao chegar a nossa vez tomamos o primeiro tombo com a moto em toda a viagem. Claro que estávamos devagar e não ocorreu nada conosco. Graças à DEUS. Mas como a moto deitou de lado e escorregou deitada, ficamos com a lateral do corpo cheia de barro. Levantei imediatamente e me dirigí à Ângela que logo me deixou aliviado pois assim como eu, com ela também não havia ocorrido nada. Como éramos os últimos à passar da fila que ia no mesmo sentido ao nosso, quando começou a vir a fila do outro lado solicitei à uns senhores que vinham numa caminhonete que me ajudassem a erguer a moto e fomos embora. Passamos então por Vila del Rosário e em Rio Primero chegamos à Ruta 19, por onde seguimos então para Santa Fé. Também é uma região de muita agricultura mas agora as lavouras de milho são em maior quantidade, depois as de soja e por fim as de girassol. Entre Rio Primero e Santa Fé passamos por muitas vilas, como Pedro E. Vias, Segundo Temple, Tránsito, Arroyito, La Francia, Devoto e chegamos então à San Francisco, onde paramos para abastecer, comer e passarmos uma água em nossas roupas. Pedimos um balde de água no posto e com um pano que tínhamos passamos a tirar o barro de nossas calças e casacos. Enquanto fazíamos isso por lá chegaram 4 brasileiros de moto que estavam viajando em sentido oposto ao nosso vindos de São Paulo e que iriam até Santiago no Chile. Eram o Paulo, o Jorge Salama, o Edgar Piotto e o Edgar Biccichi. Batemos um bom papo, tiraram fotos nossas e ficaram admirados de estarmos viajando sózinhos. Após nos limparmos fomos almoçar tranqüilamente e então partimos para Santa Fé, passando ainda por Sá Pereyra, San Jerónimo e aí sim chegamos à Santa Fé, já as 16:30 hs da tarde, e nos hospedamos no hotel Holliday Inn. Inicialmente, Santa Fé La Vieja ou Cayastá foi fundada em 1573 mas 80 anos depois, em 1653, foi transferida e refundada em seu local atual próxima da foz do rio Salado no rio Paraná. O que nos deixou impressionados no dia de hoje foi a quantidade de argentinos que andam nas rodovias, mesmo nas auto estradas, com tratotes, rebocando plantadeiras, carretas, etc......Tudo o que utilizam na agricultura é transportado de uma área para outra pela estrada rodando, o que em nosso país é proibido. Vimos também bastante gado mas em 90% dos casos gado leiteiro, quase todo vacas holandesas. Depois de nos instalarmos no hotel vim postar essas notícias no computador do hotel mesmo e acho que hoje não sairei para fotografar pois a viagem foi muito cansativa pelo fato de passarmos por muitos vilarejos e resolvemos descansar. Depois do banho estávamos um pouco reanimados e descemos ao saguão do hotel para sairmos por perto, à pé mesmo, para vermos algo da cidade. Foi uma grata surpresa pois no saguão conhecemos três famílias de brasileiros de Blumenau que estavam viajando juntas, em três peruas Pajero. Começamos à papear e um deles, o Sérgio, sabia tudo de Argentina. Foi muito legal para tomarmos informações sobre estradas, etc........ Os casais eram Marcelo Moreira e Ozilda com seu filho Mateus, o Sérgio Lubitz e a esposa Neuza e o Oséas Silva e sua Berenice. Aproveito a oportunidade para aqui parabenizar o jovem Mateus, de 11 anos e seus pais, pois o mesmo possui uma educação das que entendo serem raras nos dias atuais. Um abração à todos os nossos companheiros virtuais de viagem. Um beijão em todos os nossos filhos e netos e que DEUS os abençoe.
- As motos vistas na estrada hoje foram : 3 bigtrails sendo 1 GS da BMW, 1 África Twin e uma Ténéré da Yamaha, além das quatro motos dos brasileiros, que estavam com 2 big trails, 1 GS da BMS e 1 V-Strom da Suzuki e duas motos street, 1 CBX 750 da Honda e 1 Vulcan da Kawasaki.
- A foto publicada é : da esquerda para a direita, os casais Oséas e Berenice, Marcelo e Ozilda, Sérgio e Neuza e JB e Ângela.

4 de jan. de 2008

Córdoba

04 - 01 - 08 - Como a puxada de hoje seria maior, pela primeira vez nos preocupamos em sair mais cedo e por isso partimos de Mendoza as 6:10 hs da manhã e chegamos em Córdoba às 14:30 hs. Foram 8:20 hs de viagem para perfazer os 650 Km que separam as duas cidades. E mesmo assim, para que isso ocorresse tivemos que apertar um pouco mais o passo do que nos outros dias. É que passa-se por muitas áreas urbanas, o tráfego é intenso e ventava muito em sentido contrário ao nosso. Os primeiros 30 Km de viajem após a partida continua sendo de uma área de vale, igual à Mendoza. Após esse trecho, viajamos por uma área deserta até San Luiz, à 250 Km de Mendoza. É um deserto diferente pois existe uma vegetação, um tipo de arbusto, com aproximadamente um metro de altura e praticamente de um único tipo durante todo esse trecho. Em San Luiz viramos para o lado de Vila Mercedes e aí a coisa mudou da água para o vinho. É um trecho com muita agricultura, predominando aí as culturas de girassol, depois o milho e por último a soja. Apesar disso, aparentemente a terra é de campo e muito ruim pois quando vemos qualquer tipo de vegetação esta é muito mirrada, pequena mesmo e vemos também muito um capim tipo o rabo de burro que temos por aí, além da coloração da terra ser muito clara. Existem nesse trecho muitas placas de sinalização dizendo que aquela área é inundável e que o motorista deveria ter cuidado na pista, o que indica ser um pântano. Também começamos a ver gado pois até San Luiz não vimos um único animal sequer. Só vimos gado de duas raças, o Angus e o Braford, com uma grande predominância da quantidade de Braford, o que deve encher de orgulho o meu amigo Rogério Zart que é criador dessa raça em MS. De Vila Mercedes até Rio Cuarto, continua predominando agricultura e das mesmas espécies, o que também ocorre em Coronel Baigorria, Alcira, Berrotarán e Almafuerte, onde paramos para abastecer pela última vez. A cidade de Córdoba foi fundada em 1573 por Jerónimo Luis de Cabrera às margens do Rio Primero, tem 1.260.000 habitantes e está localizada à 390 metros acima do nível do mar. É a segunda maior cidade da Argentina. Em 1927 começou sua industrialização, com a instalação na cidade da primeira Fábrica Militar de Aviões. Atualmente seu parque industrial compreende fábricas de automóveis, tratores, motores diesel, ônibus e chassis para caminhões. Recebemos informações muito favoráveis e por esse motivo nos hospedamos no hotel do ACA - Automóvel Clube Argentino, um quatro estrêlas bem razoável. Ao chegar ao hotel fui logo tomar um banho de piscina pois ninguém é de ferro e depois vim ao saguão do hotel postar essas notícias para vocês. Gostaria de agradecer os comentários que foram postados por meus filhos Renato e Roberta, por minha mãe Dionísia e por meu amigo Rogério que diz que também está voltando do Rio Grande do Sul para Campo Grande de moto com sua esposa Mônica, parando em Jurerê para aproveitar as praias e rever os amigos. Rogério, como você diz que estava uns dias afastado da internet e que agora voltou ao circuito, além de que comentaram bastante em Jurerê sobre minha viagem, gostaria que olhasse a postagem de " Santiago - A Permanência - 2° Dia " , que fiz neste blog pois lá tem a resposta para a pergunta que você me fez dias atrás. Saímos eu e a Ângela para conhecer a cidade e fotografar alguns pontos que nos foram informados e demos com uma cidade extremamente movimentada, com um trânsito intenso mas ao mesmo tempo com prédios e igrejas deslumbrantes, de vários séculos passados. Tem um calçadão muito bonito, todo calçado com paralelepípedos formando desenhos. O mesmo é bastante utilizado pelos estudantes que freqüentam a Universidade de Córdoba, que fica num prédio magnífico no próprio calçadão. Ao voltarmos para o hotel para postar as fotos neste relato, o computador do mesmo não reconheceu mais nem minha máquina fotográfica e nem meu pen drive, o que nos impossibilitou de fazê-lo. Como estávamos cansados resolvemos que quando já estivermos na próxima cidade o faremos. Amanhã pretendemos sair com destino à Santa Fé onde dormiremos e no dia seguinte iremos para Corrientes. Um abração a todos os meus companheiros virtuais dessa viagem e um beijão em todos os nossos filhos, netos e familiares.Que DEUS os abençoe.
- As motos vistas na estrada hoje foram : 3 big trail, sendo 1 GS da BMW, 1 África Twin da Honda e uma Tenéere da Yamaha.
- As fotos publicadas são : o início da agricultura após San Francisco, uma lavoura de girassóis, 1 igreja em Córdoba, o prédio do Banco Hipotecário Nacional, o Teatro Municipal, a Universidade de Direito de Córdoba e as imagens de mais duas igrejas antigas.

3 de jan. de 2008

Mendoza - A Permanência

03 - 01 - 08 - Que bom termos ficado para conhecer Mendoza. A cidade deve ser vista por todos os que aqui passarem ou que puderem para cá vir. Saímos do hotel às 8:30 hs para conhecê-la e ficamos um tempo meio perdidos pois nada abre antes das 9:30 hs. Fomos então à um lugar chamado Cacheuta, um distrito de Las Heras, que é um Departamento de Mendoza. Para se chegar lá, passamos também por Uspallata que é um vilarejo lindo, muitíssimo arborizado e com diversos vinhedos e bodegas. Cacheuta fica situada à 38 Km de Mendoza, e lá existe um balneário público com Águas Termais. É coisa de povão, por ser público mas disseram-nos que era muito bonito e fomos lá ver. Realmente é muito legal ver a água quente brotando da natureza e o homem construindo em torno disso diversas piscinas e tanques para seu lazer. Voltamos então para Mendoza. O planejamento da cidade, que pode passar despercebido aos menos avisados, é uma coisa espetacular. Existe uma praça principal, chamada "Praça Independência", de onde nascem quatro avenidas, uma para o norte, uma para o sul, outra para o leste e outra para o oeste. Partindo-se da praça e seguindo duas quadras para o leste e mais duas para o sul, encontra-se encontra outra praça. Ao mesmo tempo, partindo-se da mesma praça central e seguindo para o oeste duas quadras e mais duas para o sul encontra-se outra praça, o mesmo ocorrendo se nos afastarmos duas quadras para o norte, mais duas quadras para o leste e duas para o oeste, nos dois casos encontraremos praças. Ou seja, a cada quatro quadras encontra-se uma praça e, no meio do quadrilátero das quatro praças, se imaginarmos um X ligando as quatro, no meio do X estaremos na praça principal. As quatro praças chamam-se Itália, Espanha, Chile e San Martin e em cada uma delas vemos estátuas e homenagens aos povos ou pessoas que lhes dão nome. Assim, é muito fácil de se localizar na cidade. Além disso, existe a avenida San Martin que corta a cidade toda, no sentido norte - sul, terminando a facilitação de localização. Localizada em um vale no meio do deserto, Mendoza tem 1,5 milhões de habitantes e o que surpreende é que, percorrendo-se toda a cidade, constatamos ser essa uma das cidades mais arborizadas que já ví ou que já tive conhecimento. Para que isso possa ocorrer, foram construídas 3 grandes barragens em torno da cidade, nos únicos dois rios existentes na região, que para nós brasileiros seriam riachos. Destas barragens, chamadas "Potrerillo", "Chipoleti" e "Carrizal", tiraram-se regos de água que percorrem todas as ruas da cidade, num trabalho de irrigação e de nivelamentos sem precedentes. Por todas as calçadas por onde andamos vimos um canal com água corrente, em TODAS as quadras e bairros da cidade, com diversas pequenas comportas reguladoras do fluxo de água. Quando perguntamos aos moradores sobre isso, a resposta é muito simples, "Sem isso não teríamos árvores pois estamos em pleno deserto". Depois do almoço fomos conhecer o "Parque San Martin" que é um parque utilizado como área de lazer em Mendoza com 399 ha ( trezentos e noventa e nove hectares). A arborização do parque e seus gramados foram totalmente plantados pelo homem e mantidos vivos através dos regos dágua já descritos. É uma paisagem tão deslumbrante e inimaginável em pleno deserto que peço que vocês se detenham um pouco mais do que o normal na observação de cada foto do parque e de sua arborização que está ao lado e tente imaginar a difilculdade de plantar e manter um parque desse tamanho com tantas limitações naturais. Para que se tenha uma dimensão mais próxima do que significa esse parque de 399 ha em pleno deserto, veja ao lado uma foto da cidade de Mendoza vista do alto, do Cerro da Glória, onde o parque aparece antes da cidade e no rodapé da foto vemos o deserto. Ainda no parque pudemos ver uma enorme fonte jorrando água aos tufos. É inacreditável a capacidade humana de vencer dificuldades em benefício da comunidade quando realmente se investe para o bem comum. Ao sairmos do parque vimos que em sua vizinhança também existe um zoológico. Fomos também ao "Cerro da Glória", que é um morro bem alto existente dentro da planície onde se localiza Mendoza e ao lado do parque San Martin. Em seu topo, existe um monumento de bronze enorme, esculpido por Juan Miguel Ferrari, homenageando o Exército de Los Andes, comandado pelo General San Martin, que venceu diversas batalhas pelo povo argentino. Depois disso viemos buscar nossas roupas na lavanderia, tomar um sorvete que ninguém é de ferro e então postar as notícias para vocês. Amanhã pela manhã partiremos novamente, agora a caminho de Corrientes. Um abração à todos os nossos companheiros virtuais de viagem e um abração e um beijo à todos os nossos filhos e netos.
- As motos vistas na estrada hoje foram : 6 big trail, sendo 2 África Twin da Honda, 1 Transalp da Honda, 1 XR 650 da Honda, 1 GS da BMW e uma F650 GS da BMW.
- As fotos publicadas são : - O caminho para Cacheuta nas proximidades de Uspallata. - Os vinhedos de Uspallata. - As águas termais de Cacheuta. - A entrada do "Parque San Martin" em Mendoza. - Ruas arborizadas do parque 1 e 2. - Fonte em pleno parque. A cidade e o parque em pleno deserto.

2 de jan. de 2008

Mendoza

02 - 01 - 08 - Saímos de Santiago às 8:30 hs e parei para abastecer em um posto de gasolina existente no canteiro central já na auto estrada. Abastecí, tomamos café e aí já ocorreu uma nova vídeo cassetada. Após sairmos do posto e andarmos um pouco, percebemos que estávamos voltando para Santiago. Eu havia saído pelo lado errado do posto e caí na outra pista da auto estrada. Foram 7 Km de retorno, e com isso acabamos saindo mesmo de Santiago sómente às 9:30 hs. Mas tudo bem pois à partir daí foi tudo ótimo. São 375 Km entre Santiago e Mendoza. A estrada é novamente pelo deserto mas surpreende à cada curva, com novas paisagens deslumbrantes. Antes um pouco da divisa do Chile com a Argentina subimos bastante a cordilheira e pode-se ver o Pico do Aconcágua que está do lado Argentino. É uma subida bastante íngreme e com muitas curvas. Nesse trecho vimos também comitivas de burros cargueiros sendo conduzidos cordilheira acima, levando todo o equipamento necessário para as pessoas que o estão escalando, como tambores de água, barracas, mantimentos, etc.... Também foi nesse trecho que vimos o primeiro grupo de motociclistas usando motos custom na estrada, desde que saímos do Brasil. Pelas motos, eram brasileiros que estavam acabando de entrar no Chile, em sentido oposto ao nosso. A aduana conjunta é um caos. Demoramos praticamente 2 horas para nos desvencilharmos. Em compensação, após entrarmos na Argentina quase nem conseguíamos andar, de tanto que parávamos para tirar fotos. Passamos por Los Penitentes, um vilarejo de hotéis e restaurantes onde param algumas das pessoas que estão na região para escalar o Aconcágua ou parte dêle e, cerca de 7 Km depois fomos informados em uma guarita policial da Argentina que o próximo posto de gasolina estava à mais 58 Km. Achamos que não valia a pena arriscar e voltamos também esses 7 Km para abastecer e almoçar em Los Penitentes. Enquanto almoçávamos foi uma farra pois diversas pessoas que também estavam almoçando no restaurante, ao sair do mesmo se posicionavam ao lado da moto para serem fotografados. Com toda esse vai e vém e paradas, a chegada em Mendoza só ocorreu às 16:50 hs. Antes um pouco de chegarmos à Mendoza vimos um lago artificial muito bonito à esquerda da estrada, chamado "Embalse Potrerillos", que é um lago feito para um condomínio fechado de residências, e toda a sua água vem do degêlo da cordilheira. Outra coisa que surpreende ao chegarmos perto de Mendoza é que depois de tanta serra, a cidade está localizada dentro de um vale que é uma planície enorme. Mendoza foi fundada em 1561 pelo Capitão Pedro de Castillo e é o centro regional da Zona de Cuyo. Possui 850 .000 habitantes e está à 750 metros acima do nível do mar. Logo que chegamos na cidade demos uma rápida volta pesquisando hotéis e apart hotéis e acabamos nos decidindo pelo San Lorenzo Apart Hotel, situado na rua de mesmo nome e à meia quadra da Praca Itália, que é uma praça muito bonita da cidade e também próximo de um conjunto de restaurantes, bares e sorveterias bem transadinhos. Após deixarmos a bagagem no hotel fomos logo à uma casa de câmbio pois agora os pesos são argentinos e não mais chilenos. Depois disso tomamos um delicioso sorvete voltamos ao hotel onde postei essas notícias para depois sairmos para jantar. Pretendemos ficar aqui o dia de amanhã para conhecer a cidade e os arredores. Um abração a todos os nossos companheiros virtuais dessa viagem e um beijo carinhoso aos nossos filhos e netos. Que DEUS os abençoe.
- As motos vistas na estrada hoje foram : - 10 big trail, sendo 4 GS da BMW, 2 África Twin da Honda, 1 Transalp da Honda, 1 Super Ténéré da Yamaha e 2 XT 660 da Yamaha e 4 motos custom, sendo 2 Shadow 750 da Honda, 1 Drag Star da Yamaha e 1 Shadow 600 da Honda.
- As fotos publicadas são: - A subida da cordilheira. - O Aconcágua visto do Chile. - A comitiva de burros cargueiros. - As paisagens da estrada 1, 2 e 3. - O lago Potrerillos.